Verão a todo vapor: como escolher um ar-condicionado e fugir do calor?
A climatização é um aspecto importante em qualquer projeto de interiores e tem como objetivo tornar os ambientes agradáveis aos usuários. Por envolver a adequação da temperatura e das condições de umidade, esse trabalho demanda conhecimento sobre como escolher um ar-condicionado.
O aparelho ideal deve ser capaz de manter a casa confortável em qualquer estação do ano. Isso é ainda mais relevante no verão, quando os indicadores dos termômetros sobem em várias regiões do país. Mas será que você conhece os principais fatores a considerar antes da compra?
Para ajudar nessa tarefa de análise, listamos alguns passos que precisam ser cumpridos. Use todos como orientação para decidir e evitar arrependimentos.
Tire as medidas do ambiente
Cada residência tem características específicas, assim como seus cômodos. Isso significa que todo espaço demanda um tipo exclusivo de ar-condicionado. Dependendo das dimensões e outros detalhes, será necessária uma menor ou maior capacidade de refrigeração.
Para determinar o aparelho ideal, você precisa conhecer as medidas do recinto. Só assim será possível fazer o cálculo de carga térmica adequado, de modo que a refrigeração seja eficaz e não gere consumo excessivo de energia — o que promove conforto sem acarretar gasto extra na conta de luz.
Então, sempre comece medindo o local. Não importa se é um pequeno quarto infantil, uma cozinha estreita ou uma sala ampla. Lembre-se de que é a Unidade Térmica Britânica (BTU) que costuma ser usada no dimensionamento e tem como ponto de partida o tamanho do ambiente.
Observe as condições ferais da área
Após levantar as medidas do espaço de instalação, você também precisa verificar outros detalhes relevantes. Quantidade de janelas e portas, número de aparelhos que aquecem o entorno, fluxo de pessoas e condições de luz natural (calor do sol) são pontos que interferem na capacidade de refrigeração do aparelho.
Faça uma análise cuidadosa, anotando o máximo de informações relacionadas ao cômodo. Tenha em mente que, quanto maior for o local e mais elementos estiverem presentes nele — isso inclui pessoas e equipamentos —, maior será a potência necessária para que o ar-condicionado cumpra sua função.
Um olhar atento ajuda a evitar erros. Áreas que recebem muito sol ao longo do dia, por exemplo, esquentam com mais facilidade. Já um escritório ou sala com diversos dispositivos eletrônicos (como TV, computador e modem) tende a apresentar temperatura mais alta por conta do consumo energético constante.
Com a metragem e demais fatores em mãos, é possível dimensionar de forma correta. Geralmente, a carga média de um cômodo fica próxima de 600 BTUs/h por metro quadrado se considerada a presença de dois usuários. Assim, para cada pessoa a mais ou item que irradia calor, são adicionados 600 BTUS/h à conta.
Identifique necessidades específicas
Cada pessoa, família ou empresa tem seus próprios objetivos ao planejar um ambiente. Isso também ocorre no momento de trabalhar a climatização das áreas de permanência, sejam cômodos residenciais, sejam salas comerciais ou corporativas.
Então, além de buscar orientação sobre como escolher um ar-condicionado, reflita sobre os diferenciais que podem gerar mais satisfação com o projeto. Entre eles, vale destacar:
Praticidade - já existem aparelhos inteligentes, equipados com Wi-Fi para que o usuário controle todas as funções de forma remota, via dispositivo móvel. Essa tecnologia agregada permite comandos rápidos, tornando a rotina mais prática;
Conforto o ano todo - pessoas que fazem questão de passar todas as estações do ano com conforto devem investir em sistemas com ar quente e frio. Equipamentos desse tipo aquecem a casa no inverno e refrescam no verão;
Ausência de quebra-quebra - aparelhos modernos proporcionam instalação limpa e sem grandes alterações na fachada. O ideal é evitar o antigo modelo “de janela”, pois traz unidade interna e externa em um único gabinete (ficando pendurado para fora).
Pense na superfície de instalação
Você já deve ter percebido que o tamanho e o formato dos aparelhos variam bastante. Isso acontece para que o ar-condicionado se adapte perfeitamente ao local onde será colocado, além de garantir que o funcionamento seja efetivo nas condições existentes.
Mas, afinal, qual é o modelo adequado para cada situação? Abaixo, mostramos os principais tipos de equipamentos e a recomendação conforme a superfície disponível para instalar:
Split hi wall - desenvolvido para permanecer em estruturas verticais (seja uma parede em destaque ou uma divisória simples);
Split piso-teto - como o nome indica, serve para superfícies de forros ou pode ficar apoiado sobre o chão do cômodo;
Split cassete - esse modelo é fixado bem no centro do teto;
Portátil - é um aparelho que pode ser levado para qualquer lugar. Costuma ser usado de maneira provisória, enquanto o projeto de climatização não puder ser executado.
Residências com muitos ambientes podem precisar de uma solução parecida com aquela adotada em espaços comerciais. Nesses lugares, o ar-condicionado multi-split representa uma boa escolha por permitir o uso de até 6 evaporadoras com apenas um condensador.
Isso significa a possibilidade de climatizar diversos cômodos simultaneamente, a partir de uma única unidade externa. Assim, os BTUs são divididos entre as unidades internas (evaporadoras) de modo personalizado para que cada uma desempenhe sua função.
Avalie o custo-benefício
Os benefícios de curto e longo prazo também devem ser colocados no papel. Tenha em mente que o aparelho ficará em sua casa ou local de trabalho por bastante tempo. Logo, deve combinar vantagens que compensem o investimento realizado.
Um ar-condicionado de qualidade pode até ser mais caro, mas você não vai se importar com a diferença de preço se perceber vários pontos positivos. Bons modelos são silenciosos, discretos e de fácil instalação. Também colaboram para a economia de energia, tornando a casa mais sustentável.
A dica para garantir um consumo baixo é sempre verificar o Selo Procel destacado no aparelho. As certificações marcadas com letras A e B são as melhores porque indicam menor demanda energética. Cabe destacar que isso não prejudica em nada o desempenho do ar-condicionado.
Equipamentos chamados inverter também são ótimas opções para quem visa redução de gastos na conta de luz. Eles têm um sistema diferenciado que atinge a temperatura desejada rapidamente, além de mantê-la constante para evitar oscilações ou picos de energia.
Cuidados na compra e no recebimento
Com os passos destacados, você já terá condições de encontrar o melhor aparelho para suas necessidades. Tenha atenção, porém, de selecionar a voltagem correta no ato da compra para não danificar seu produto no primeiro uso. A maioria é 220v, portanto, é preciso ter tomada adequada.
Também leia as recomendações do fabricante contidas no manual, a fim de promover a instalação correta e aproveitar a garantia, caso necessário. Esse documento traz, ainda, orientações importantes sobre a frequência de manutenção, procedimentos para limpeza e outros itens.